Sempre quando o assunto é sobre equipe, a dúvida vem, não é mesmo?
Qual a hora certa de começar a pensar em ter equipe?
Qual o valor para pagar?
Posso ser MEI?
Como escolher o profissional?
Bom, meu nome é Marysol Almeida, tive um estúdio – Léshed – que foi referência por mais de 3 anos em Campo Grande – MS e fechei ele, mesmo sendo lucrativo, para me dedicar a educação.
E é por ter vivido essa experiência e ter obtido ótimos resultados que vou entrar nesse tema com você!
Já começo te dizendo: Se o seu lance é atendimento, você só vai conseguir escalar seu negócio se tiver uma equipe. Não importa qual área da beleza você trabalhe, você sozinha consegue um número muito limitado por dia de atendimentos.
Então, quando formar essa equipe?
Eu acredito que o melhor momento é quando você está perdendo clientes por falta de espaço na agenda e seu valor já está no máximo que ele pode chegar.
Porque pensar no preço do atendimento também nesse momento?
Simples! Muitos profissionais começam com um valor muito abaixo até do merecido, conforme começam aumentar o valor vão perdendo alguns clientes, dessa maneira, se você coloca uma nova pessoa para trabalhar na sua equipe, você não terá margem de desconto para oferecer para quem quiser com esse novo profissional e estará perdendo a oportunidade de valorizar mais seu trabalho. Melhorando o faturamento.
Então, ajuste a casa para depois receber novos membros.
Outro ponto importante é você pensar primeiro em uma recepcionista, caso você ainda não tenha, esse deve ser o seu primeiro objetivo a ser alinhado para somente depois colocar uma parceira. Lembre-se: quando essa parceira chegar, será necessário prospectar novos clientes, cuidar da agenda e tudo mais que você já conhece do negócio.
Ainda antes mesmo de ter uma parceira, o ideal é que você tenha um POP, ou seja, PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Isso quer dizer que você tem um procedimento bem explicado para tudo que acontece dentro do espaço, exemplo: O atendimento, tem que estar minimamente detalhado, só assim você vai conseguir manter o seu padrão de atendimento, que muitas vezes é o maior medo de quem vai montar uma equipe.
Para a escolha da profissional, o meu critério sempre foi princípios e nunca técnica, afinal, técnica eu poderia ensinar, caráter não. Então, pedir referências, se informar, é o mínimo para você ter um caminho mais seguro, aqui é muito importante também entender o sonho da pessoa, se ela já chega dizendo que sonha em ter o próprio espaço provavelmente ela ficará pouco tempo com você. E por falar em segurança, nunca tenha uma parceira sem um contrato muito bem definido e assinado. Os contratos são baseados na lei do salão parceiro.
A Lei nº 13.352 de 2016 alterou a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro 2012, para dispor sobre o contrato de parceria entre os profissionais que exercem as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador e pessoas jurídicas registradas como salão de beleza. E é nela que você deve se basear.
O mais fácil e até o mais ideal, é que você tenha um contador ou contadora que irá te orientar e ajudar na elaboração do contrato. Vale lembrar que MEI não pode ser parceiro de MEI, ou seja, você deverá estar em outro enquadramento tributário. E quem faz esse enquadramento da melhor maneira possível para você é o contador.
Então, outro a se pensar antes mesmo de buscar uma parceria, é estar conversando e contratando um serviço de contador, caso você ainda não tenha.
Mais um ponto que sempre surge no meu Direct no Instagram é relacionado ao pagamento dessas parceiras, como e quando deve ser feito.
A verdade é que se você procurou o contador essa dúvida você já não tem mais, pois junto com você ele já fez os cálculos do valor saudável para sua empresa. A média do mercado está entre 30% a 40% com o espaço oferecendo o material. Lembre-se que você terá despesas com a cliente desde papel higiênico até a publicidade, por isso é muito importante fazer esse cálculo com calma e levando em consideração todos os pontos únicos que o seu negócio possa ter, por exemplo, existem espaços que contam com serviço de manobrista, outros oferecem champanhe, e são todos esses mínimos detalhes que devem ser pensados na hora de formar o quanto você pode pagar.
Quanto ao material, acredito que a melhor opção seja o espaço fornecer, pois só assim conseguirá ter certeza da qualidade. Quando você deixa que o profissional compre o próprio material você não terá como exigir que ele use os mesmos materiais que você, o que pode impactar no seu padrão de atendimento.
Ainda pensando no padrão de atendimento, o ideal e você já ter Claro se você irá oferecer treinamentos para manter o atendimento sempre em alto padrão, e acertar isso no próprio contrato, prevendo se será necessário algum pagamento, ou será um benefício (que era como eu fazia com minhas parceiras, eu as beneficiava com acesso a cursos) e se participar desses treinamentos será uma exigência.
Talvez você esteja pensando: “Mas se eu for dar, eu preciso exigir? Não é óbvio que a pessoa vai querer?”
Vai por mim: Melhor ter tudo às claras no contrato!
Para finalizar, lembre-se: você vai passar mais tempo com suas parceiras do que com sua própria família, transforme esses momentos em horas agradáveis e inesquecíveis.
Leia um pouco sobre liderança, faça reuniões constantemente e se coloque no lugar do próximo. E saiba, se a pessoa te decepcionar, é um problema dela e não seu.
O seu medo de não ter equipe, por medo da pessoa aprender e sair é quem está te travando para o próximo nível.
Ah, dicas extras:
Não contrate várias parceiras ao mesmo tempo, vá fazendo conforme a necessidade da agenda, crie primeiro a demanda, pois assim é muito mais fácil lotar agenda dessa nova profissional.
E agora sim, para finalizar com chave de ouro vou te contar como eu fazia no meu estúdio:
A profissional que estava começando, passava por um tempo de treinamento, fazendo modelos e nós divulgando através de postagens essas modelos no Instagram, mais precisamente por 21 dias. Dessa maneira geramos o desejo já sobre essa profissional. Outro ponto é que ela ia iniciando os atendimentos pelas manutenções, criando assim um laço e mostrando segurança para todas as clientes. Dessa maneira era muito mais fácil colocar um novo profissional para dentro do estúdio.
Curiosidade:
Meu curso Método 21, foi desenvolvido através das práticas de sucesso que tínhamos no estúdio. Meu primeiro case foi a Jana, minha primeira parceria e onde começou todo meu processo de parceria, e de criação da metodologia do curso que hoje já transformou centenas, e até milhares de vida.
Para saber mais sobre o método 21, clique aqui!